segunda-feira, 16 de julho de 2018

Há, em regra, dois tipos de pessoas no Mundo:
- As que olham para uma grávida esfomeada e dizem: come querida, tens de comer por dois.
- As que olham para uma grávida esfomeada e dizem: não te controles, não. Vais virar Cachalote.

Ceteris Paribus, a Cachalote.

terça-feira, 25 de julho de 2017

Como é que isso corre?

O que temia: não consigo organizar isto. Odeio organizar coisas.

O que decidi lá no meu íntimo: vou simplificar isto. Na verdade não há motivo para dramas. É tratar de vestido, igreja e quinta. Ponto.

O que está a acontecer: não consigo organizar isto. Odeio organizar coisas. Fico nervosa por não estar a conseguir controlar tudo. Tenho noivo activo, a família animada e amigas atentas e eu sinto-me em alto mar a boiar apenas com o apoio de uma braçadeira de criança.

Não tenho sequer espaço na minha cabeça para viver a cena com a ansiedade positiva que se espera. Vou casar, e o que na verdade me preocupa é o raio da decoradora que não me mostra o que pretende fazer, o cabeleireiro que na prova me prende o cabelo com um elástico e dois ganchos e diz "é mais ou menos isto que quer, certo?", é com quem vou juntar a tia-avó no jantar, é se a comida vai estar boa e se vai haver vinho que chegue, é onde raio vou encaixar mais de trinta anos de existência partindo do pressuposto que terei o meu espaço disponível reduzido a metade, é se vai estar sol ou a chover, são as merdas dos brincos que não consigo escolher e a p*ta da sessão de solteiro que me assombra, é a responsabilidade de saber que tenho algumas dezenas de pessoas a percorrer quilómetros para usufruir de uma cena que estamos a organizar. É a minha futura alteração de rotinas.

Às vezes, por segundos, tenho consciência do meu estado ridículo e volto a tentar simplificar e desmistificar a coisa na minha cabeça. Mas depois vem a lista dos To-Do à mente e volto ao caos. E assumir isto aos que me são mais próximos tem sido talvez uma forma de dizer em alta voz o que me aflige, a ver se a coisa me parece menos feia, mas depois fico ainda mais deprimida porque me coloco e apresento num estado deplorável que não condiz com o que é suposto. 

Gosto muito quando se cruzam comigo algures entre a copa e o wc e me perguntam: "então já estás nervosa?" Na minha cabeça vem uma lista de queixumes e azedumes mas limito-me ao encolher de ombros e a um "tudo a rolar" porque, na verdade, o que as pessoas esperam é que eu diga algo muito bonito sobre todo este processo. Ou, na verdade, o que esperam é exactamente que eu resuma a coisa, com um sorriso, ao "tudo a rolar". 

O que gostava muito:  "que isto passe depressa" não é um desejo. Preciso de tempo para a lista do To-Do. Acho que queria alguém a rever a lista do To-Do e a tentar antecipar cada detalhe do dia porque tenho a certeza que me estão a escapar cenas importantes que dependem totalmente da minha capacidade de organização e decoração e escolhas convictas. Tudo aquilo que me assiste como é bom de se ver.

Bem, mas está tudo a rolar.
CP


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Faz como quiseres

Três palavras que matam uma negociação e são a prova de que uma das partes não se está nas tintas (se estivesse não se teria chegado à parte do "faz o que quiseres") mas está a querer armar a tenda.

Numa analogia, isto é como aquele miúdo de 18 anos que bebe duas cervejas e, numa de rebeldia e demonstração de macheza, arma o peito e junta a testa à do seu adversário (que passa aliás, e naquele mesmo momento, a saber que é adversário e visto de fora percebemos que foi quase aleatório).

Do lado de quem diz, traduz-se com: 
- estou furioso

Do lado de quem ouve:
- estava um pouco enervado mas fdx, agora fiquei furioso

Ceteris Paribus

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Saiam-me da frente senhores

É do crl andar em modo passo ligeiro.

Dificilmente encontras alguém que te acompanhe.

Ainda os outros estão a pensar como escrever o email e tu já trocaste 20 emails e telefonemas com quem tem de ser e o assunto está tratado.

E no final dizem-te: pronto, agora deixa-me tratar do resto. Já fizeste muito por nós.

E esperas, sentada, uma hora, um dia, dois já a transpirar pelo buço.

E nada.

Ainda estão a pensar sobre o primeiro dito email que não chegou a ser necessário. Ai fdx.

Voltas à carga, ligas, envias email, sinais de fumo e assentas pedra. 

Feito outra vez.

E ouves o mesmo discurso:  agora descansa que eu prossigo com os trabalhos.

E tu já só esperas uma hora e voltas à carga, mas já a bufar.

Até que, a tua próxima tarefa exige, por questões relacionadas com “parece mal se assim não for”, a opinião de terceiros. E tu vais lá, me modo ligeiro: vê lá isso e diz algo, quando puderes.

Esperas um dia e nada.

Armas o crl da tenda e ouves em resposta: tu não respeitas o meu tempo…

Ai.
Levem-me daqui crl.

PS: passados 26 minutos, aparece a coisa feita, pelos tais terceiros. Mas não me livrei de ouvir antes o “tu não respeitas o meu tempo”.


Ceteris Paribus

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Aquela queda natural para ser mãe, mulher e dona de casa.

Anuncia-se, sem estar anunciada, a hora de me fazer pessoa crescida e pensar em meter uma anilha dourada no anelar. E há todo um sonho de menina em volta desse dia. Pelo menos é o que ouço outras meninas dizer. Eu cá acho só creepy de início ao fim:

- Convidar povo. Não há nada de mais manhoso que convites de casamento. Quanto mais elaborados pior. A peregrinação, casa a casa, à hora de jantar, para entrega de convites e 30 minutos de conversa fiada por cada.

- Convidados indesejados por imposição da tia-avó. Convidados que se desejam mas que têm mais que fazer nesse dia. Convidados que se odeiam. Convidados que entretanto se separaram. Os que trazem a esposa, dois filhos e três cães. Os que aparecem para os copos mas a missa é chata e não fica a caminho. Os que no último momento arranjaram par, e cuja vida amorosa depende da presença desse novo ser num casamento de pessoas de quem o nome vai saber.

- A dança coreografada dos noivos. Bitches pleeeaase. Se é para animar a malta, convidam-se palhaços.

- Fotos pré, durante e pós casório. Aqueles fotógrafos, pagos a peso de gasolina, que nos ensaiam poses, dicas e momentos obrigatórios. E não vou dizer o que penso sobre os álbuns.

- Bater de copos e os beijos de noivos, pais e padrinhos. Arre fdx.

- Solteiras de volta do ramo da noiva. Um filha-da-mãe do ramo que custa mais de 100 euros, note-se.

- O TEMA meus senhores. O TEMA. Ai fdx. Vai dali o nome das mesas, a cor dos enfeites, dos convites e dos sapatos da noiva. Tudo em uníssono.

- O pai, o sogro e o marido bêbados, em cima das mesas, sem camisa e com a gravata na testa.

- O ar de tédio dos convidados sóbrios. As críticas sobre a comida, o serviço e a decoração.

Não podemos saltar da Igreja para o final da noite? Eu já muito bêbada, com um sorriso no rosto, agarrada à melhor amiga com a lágrima e o rímel a escorrer pelas bochechas coradas e a dizer: miga estou tão feliz.


Ahhh e naturalmente... farei um blog dedicado às melhores práticas na organização de um casamento. Se tiver muitas visualizações, abro a minha própria empresa.

Ceteris paribus. 


quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Fidel, e a minha descrição da história

Sou daquele imenso grupo de gente que gostava pouco de “marrar” na escola. Por consequência, a disciplinas como História, e outras que implicavam marranço, de tão extensas que eram, tornavam-se verdadeiros massacres e lutas icónicas, ano após ano.
Depois crescemos e lidamos com as referências à dita História com algum distanciamento e alívio, porque nada acontece se a resposta for “não sei”. 
E continuamos a crescer e as ditas referências começam a chatear e o “não sei” mais ainda. E então, ali ao ladinho do separador do Facebook, abrimo-nos a todo um mundo de descoberta interessada e sem um foco no exame da próxima semana.
E assim se cria um resumo optimizado na nossa cabeça, que nos satisfaz mas, estou certa, não me daria mais que um 3- na escola e um recadinho para os meus pais descrevendo uma linguagem desadequada.
Já diria o outro, que sa f#da.

Ora Fidel. Um senhor que há quem diga ter morrido há meses. Outros afirmam ter sido esta semana e outros há que já vieram dizer que el comandante, não estando para as curvas, respira e não tem ainda os ossinhos feitos em pó.
Certo é que este senhor é uma espécie de Marco Paulo, o nosso cantor dos dois amores. Há quem o odeie e há quem o ame. Eu não quero nem saber da sua cor política, mas vista a história e as ofertas turísticas 7 dias 9 noites em Cuba, não vejo motivo para grandes ódios.

Portanto, era uma vez… 
Cuba uma ilha porreira do Caribe, descoberta por Colombo, achando que aquilo era a Ásia (era pôr mais tabaco nisso…) e colonizada por Espanhóis. Vai que os Estados Unidos não são de perder oportunidades e afinfaram-se forte à coisa. Ora na dependência de uns e depois de outros e no regresso aos uns, Cuba alia-se aos Russos naquela onda do “inimigo do meu inimigo, meu amigo é”. Os Estados Unidos, enfurecidos e cagados pela proximidade geográfica, fazem complô, com alguma chantagem, com outros países que passam a renegar comercialmente Cuba. Vai a URSS, que não é parva, e decide aperfilhar Cuba e a subsidiar o povo. Ali no meio, diz-se que Cuba começou por ser rica em metais, esmifrados entretanto pelos Espanhóis, e depois em Açúcar, esmifrada pelos Estados Unidos. Sem saber ler nem escrever, ao que parecer literalmente, Cuba passa a ter como grande dinamizador da sua economia o putedo. É. (apontamento meu: não é por acaso que as danças que ali predominam implicam roço sério e uma mistura agressiva de suores). Adiante. Cuba ostracizada pelos Estados Unidos, e a URSS desfeita, teve de se fazer à vida e abrir portas, comerciais, ao Mundo. Isto é coisa para ser recente, como podemos constatar pelo parque automóvel mais vintage de todo o Mundo.

Isto é o resumo dos resumos. Mas então e se alguém quiser mais detalhes ou o jantar de amigos precisar de um tópico mais alargado ou simplesmente porque o vinho está a cair que nem o Brufen em xarope?

Pronto, então foi mais ou menos assim: 
Ora a simpática ilha estava sossegada até lá chegarem os Espanhóis. Aqui em Portugal já se sabe que dali nem bom vento nem bom casamento. Mas os indígenas não sabiam disso. Portanto aquilo tornou-se o playground de Espanha. Vêm os Estados Unidos e tomam conta do assunto. Ora como em toda a boa história, um país cheia de escravos, e onde se faz força para criar literacia, o que é que acontece? Há um nego que se chega à frente. Chega rapidinho e vai embora na mesma velocidade, mas no caminho abre portas aos grupos estudantis que, na fase da rebeldia, veêm a oposição como uma espécie de afirmação pessoal. Pois e foi aqui que o Fidel entrou. Um estudante que, até fazer verdadeira história, ainda levou porrada, foi preso, foi libertado por forças, diria, da natureza, desertou e voltou em força, assentou arraiais, e nunca mais largou o osso. Ora mas foi na altura em que desertou para o México que foi conhecer um médico, o dito, o tal, o Ché Guevara, que na verdade se chamava Ernesto. (Acho delicioso o nome artístico, quando o nome que a mãezinha lhe deu é bem corriqueiro.) E agora a parte mais espectacular. Lá foram os dois rumo a Havana para armar a tenda, e lá chegados a coisa já estava tão mal e o Batista tão odiado pela maioria da população, os pobres, que foi fácil fácil manda-los a todos com os pitos. Vai dali o Fidel começa uma limpeza mais alargada pondo a andar tudo o que cheirava a americano. A seguir vem aquela cena da Baía dos Porco, e novamente os Estados Unidos, esquecendo do passado, acham que Cuba é o seu parque de estacionamento privado, recrutam e patrocinam cubanos revoltados com o sistema para meter pau naquilo tudo. Resultado?  1/3 morreu os demais foram, qual Jesus Cristo, colocados à disposição do Povo. Mas muito em jeito do que aconteceu na Grécia, o povo tem o poder de decidir, e decide que quer mata-los, mas e Fidel achou melhor troca-los por tractores (não estou a gozar). Os Estados Unidos devem ter corado, tamanha a vergonha alheia, e decidiram trocar prisioneiros por alimentos e medicamentos, que esta merda não pode parecer troca de tazus, e tem sim de se assemelhar a uma manifestação de grandiosidade e tal! Depois aparece a crise dos mísseis. E nesta altura já Cuba se aliava à URSS e estes, não vão de modas, toca a aproveitar a simpática ilha para se posicionarem contra os Estados Unidos. Os Estados Unidos, cagados, não gostaram da cena, mas o Kennedy lá reflectiu e antes de mandar aquilo tudo pelos ares decidiu promover uma implosão. Como? Impedindo que outros países tivessem relações comerciais com Cuba. E foi então aqui que a Rússia teve de aperfilhar Cuba, como antes tinha referido. Com o fim da URSS, fodeu. Cuba teve de ir aos mercados vender qualquer coisa e aquilo é portanto uma miséria só. Até hoje. 

Voltando então à minha questão inicial. Fidel é coisa para se admirar ou carimbar como filho do capeta. Pah, o senhor teve por base uma coisa bonita: não permitir que os Estados Unidos fizessem da ilha o palheiro onde os seus escravos produziam e se reproduziam. Levado pelo URSS, qual Portugal subsídio-dependente, lixou-se quando a mama acabou. E a abertura aos mercados demora tempo. Assim, aquilo é pobrezinho mas foi conseguido com esforço. Naturalmente que onde há fome, todos ralham e ninguém tem razão- ou lá como se diz essa merda- e o Fidel lidou com um povo esfomeado, vizinhos sedentos de vingança, aliados inutilizados e todo um Globo lambe-cu e dependente dos Estados Unidos que lhes viraram costas. Ou seja, muita precaução na abertura a modernismos e vozes vindas de fora cheias de boas vontades e promessas. Que dessas o Fidel já conheceu o bastante.

Fim.
(ou não. Ao que parece o senhor aproveitou uma data histórica para se anunciar a sua morte e até à data ninguém viu efectivamente o senhor morto. A 25 de novembro, Fidel Castro juntamente com um grupo de guerrilheiros, do qual faziam parte Raul Castro e o dito "Che Guevara", fizeram a primeira tentativa para derrubar o regime de Fulgêncio Batista. No dia em que o senhor é dito morto, passavam exactamente 60 anos dessa data que marcou na história cubana. Fixe hein? O senhor, até na sua morte, tem de deixar marca. O outro morre com uma queda de uma cadeira. São cenas. Mas sobre essa outra história, falarei noutro dia)


Ceteris Paribus

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O ciclo biológico é simples. A pessoa nasce, vive e morre.
Nasce de forma mais ou menos simples e morre de forma mais ou menos descomplicada. O grande drama é aquela fase intermédia.
Escola, trabalho, família, amigos, relacionamentos amorosos, sexo, dinheiro.
É isto que preenche os anos que cá andamos. A gestão destas matérias, ao longo da vida, tem uma finalidade única: alcançar a tal da Felicidade. É um conceito indeterminado, preenchido a gosto por cada um de nós, normalmente com pitadas de megalomania aqui e além, mas que para todos pressupõe satisfação plena em todas as valências da vida.
Ora bem, de todas as construções idílicas a que a mente humana se permite, a Felicidade, enquanto estado orgásmico a que ansiamos chegar para nele ficarmos em permanência, é a mais perniciosa de todas. Perniciosa na medida em que é inatingível e nos tolda da fruição dos filhos da mãe dos tantos pequenos momentos em que somos felizes. Vivemos tão absortos na busca daquela epifania que nada nos satisfaz. Então somos infelizes. Se não podemos ser Felizes à grande e para sempre, somos infelizes.
Cada frustração, desgosto ou perda parece fazer-nos recuar naquela jornada da busca pela Felicidade e por isso empurra-nos para o outro pólo, o da Infelicidade. Esse sim, facilmente atingível e com honras de permanência. A Prozac está em alta.
Há que ter moderação. Se perceber que a Felicidade não acontecerá “um dia” é como descobrir que o Matt Bomer é gay (ou seja, muito fodido!!) equilibremos a balança com a perspetiva de não termos que viver em permanente infelicidade. Há que saber relativizar cada merda que nos acontece: Valorar o problema de forma estanque (sem sentirmos que tudo é uma merda), dar o tratamento adequado e imediato (ficar a remoer é muito “eu” e por isso sei que não dá saúde), sentirmo-nos miseráveis na medida e no tempo necessários, e por fim ultrapassar a situação com dignidade – ou, para os mais destemidos, tentar chegar àquele estado nirvânico de “não chores porque acabou, sorri porque aconteceu” – porque, em boa verdade, tudo o que é mau pressupõe alguma forma de perda de uma coisa boa.
Na minha escala de problemas, caio muitas vezes no lugar-comum da pequena infelicidade. Alimento o pequeno monstro algum tempo mas, como sou avessa a compromissos, depois deixo-o sozinho na masmorra. Só que o filho da puta nunca morre desnutrido porque aparece sempre outra merda qualquer para o alimentar. Há sempre merdas a acontecer. Divido as pequenas merdas em 3 grupos:
- Pequenas merdas que sempre o serão: Insatisfação no trabalho, pouco dinheiro, escalões de IRS, a crise, a massa adiposa, a Sara Sampaio;
- Pequenas merdas recorrentes: Aquelas que variam na forma, e que por isso deixamos que se repitam, na esperança de um desfecho diferente, mas não em substância. Encaixo aqui os chutos que levo. Os tipos variam na forma como se põem a milhas mas em substância fico sempre na merda. Mesmo quando sou eu a dar o real chuto, fico na merda. Porque o tipo comporta-se com uma tal aparência de ter sido ele a dar-me um chuto que até eu fico confusa e portanto, já na dúvida, opto por ficar na merda. Mas é aquele estar na merda que consigo manter em simultâneo com uma vida normal. Ninguém dá por isso. A merda fica latente até aparecer outra que antes de o ser ainda me dá os tais momentos felizes que eu disse que temos que aprender a valorizar. Quando estão pendentes várias merdas deste estilo, o meu segredo é arranjar uma só merda que, de tão grandiosa, absorve todas as outras;
- O grupo das filhas da putice: São aquelas atitudes de merda. Se a pessoa teve uma atitude de merda connosco e se, dentro de um período de tempo razoável, não se redimir, passamos a admitir que se conformou com a sua falta de noção. Somos seres pensantes e como tal pouco de fortuito fazemos. Sabemos exatamente o que estamos a fazer, por isso das duas uma: ou fazemos porque nos estamos a cagar para a outra pessoa, ou porque temos mesmo a intenção de a magoar. A omissão de zelo tem a mesma gravidade que a intenção declarada de lixar a outra pessoa. Filhas da putice subtis é aquele tipo de pequena merda só comparável com o incómodo de uma melga dentro do quarto. É só uma melga. Mas não conseguimos descansar até nos livrarmos dela.
Mas há que relativizar a merda É sorrir e acenar, rapazes.


MM